Os constantes casos de assalto na zona rural de Porto Ferreira, SP, estão preocupando os moradores, que já pensam até em se mudar. Pelo menos um assalto por mês é registrado em um bairro com 120 chácaras. A Guarda Municipal de Porto Ferreira afirmou que reforçou o patrulhamento pela região os crimes. Na noite de quinta-feira (23), o presidente da cooperativa de leite e do sindicato rural de Mococa (SP), foi feito refém por quatro assaltantes. Segundo relato da vítima, ele foi rendido no momento em que desceu do carro para abrir a porteira do sítio onde mora. Levaram uma televisão, joias, arma e outros itens. Ele foi abandonado perto da estrada vicinal para Tambaú. Tornar pessoas reféns se tornou comum no bairro Cuca Fresca, composto por 120 chácaras. Os moradores dizem que antigamente o local era tranquilo, mas os assaltos se intensificaram desde o fim do ano. Em algumas casas, os cachorros avisam a presença de estranhos por meio de latidos. “Quando latem já sabemos que é coisa estranha, então a gente fica alerta, com uma sensação de insegurança. A gente não consegue mais dormir direito à noite”, contou o engenheiro Luís Fernando Fischer. O primeiro roubo na casa dele aconteceu em novembro. Os bandidos entraram na casa no período da manhã, cortaram o alambrado, arrombaram a porta e roubaram até as roupas dos moradores. Antes de fugir, foram até o vizinho e levaram as ferramentas de uma serralheria. Agora, Fischer utiliza recursos tecnológicos para aumentar a segurança da sua residência. “Temos monitoramento através de empresa, câmeras, alarme e vigilância”, explicou. O empresário José Luis Tangerina afirma que ficou traumatizado após vivenciar essa situação. A casa dele foi assaltada há alguns dias, enquanto a família jantava. Quatro homens encapuzados renderam todos e roubaram o que podiam. “Graças a Deus está tudo bem, mas e o pânico que isso causa? 6 horas da tarde tem que trancar as portas e não sair mais de casa. Antes das 6 da manhã não pode sair, e se sair a noite fica pensando em como voltar e como entrar”, desabafou Tangerina. Os moradores acreditam que uma mata próxima aos terrenos é usada como esconderijo pelos criminososos. O espaço dá acesso a vários bairros da cidade. “O que a gente queria era uma ação para se controlar melhor a questão dessas fugas e uma maior prevenção dessa criminalidade dentro do bairro”, disse o fotógrafo Gil Vicente da Silva. Segurança A Guarda Municipal de Porto Ferreira afirmou que reforçou o patrulhamento pela região para evitar a ocorrência de crimes. “Estamos trabalhando 24 horas por dia para conseguir coibir os delitos”, afirmou o comandante da guarda, Sérgio Cardoso de Moraes. Veja matéria no G1 com vídeo