A Seção de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde de Porto Ferreira concluiu a primeira Avaliação de Densidade Larvária (ADL) no mês de janeiro, em 30 setores censitários do município, para medir os índices de infestação de Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Após a digitação dos dados coletados em 600 imóveis visitados, o resultado obtido nesta avaliação foi de 5,8%. Ou seja, observou-se um aumento nos índices em 4,3%, comparando-se com a avaliação realizada em outubro de 2018, quando o índice obtido foi 1,5%.

O índice aceitável pelo Ministério da Saúde é de no máximo 1%. Desta forma, é imprescindível que todos colaborem para evitar que Porto Ferreira sofra uma epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito.

Os bairros com maior incidência de positividade de larvas de mosquitos Aedes aegypti são: Centro (8%), Jardim Anésia (6%), Cristo (5%), Vila Daniel (5%).

Seguindo: Vila Maria (3%), Vila Sybilla (3%), Porto Bello (2%), Paschoal Salzano (1%), Jardim Modelo (1%), Jardim Bandeirantes (1%), Jardim Salgueiro (1%), Recanto Bela Vista (1%).

Fatores como calor intenso neste verão, chuvas, excesso de recipientes dentro dos imóveis e terrenos baldios, contribuem para o aumento de mosquitos no ambiente devido a diminuição do tempo que o inseto precisa para eclodir. Quanto maior for a temperatura e umidade, menor será o tempo de evolução do inseto, do ovo ao mosquito adulto.

Os agentes de controle de endemias mantêm a realização de visitas diárias, identificando residências desocupadas, fazendo vistorias em imóveis para locação em imobiliárias para eliminar os criadouros existentes do mosquito, faz a remoção de recipientes em terrenos baldios, e atua também em comunicação, levando orientação e informação à população sobre os cuidados de prevenção às doenças e descarte correto de inservíveis e lixo doméstico.

Contudo, observa-se no dia a dia que a reposição desses recipientes ou o descarte irregular é frequente, apesar dos esforços envolvidos em conscientização. A participação da população no processo de eliminação dos criadouros é essencial no combate ao mosquito e na redução desses índices. “Não é possível vencermos o mosquito sem que cada um faça a sua parte. A responsabilidade é de todos”, diz Cláudia Beozzo, coordenadora de Controle de Vetores.

Na região, algumas cidades estão com surtos e epidemias de dengue instaladas e em situação de emergência. Considerando que a Organização Mundial de Saúde preconiza os índices satisfatórios abaixo de 1%, de 1% a 3,9% situação de alerta, e superior a 4% risco de surto de dengue, verifica-se que o município de Porto Ferreira também possui risco devido ao conjunto desses fatores.

“Não podemos fechar os olhos para essa realidade. A Prefeitura Municipal, Secretaria de Saúde, Vigilância Epidemiológica e Controle de Vetores, estão atuando ativamente nas ações de prevenção para que todas as informações cheguem precisas à população e através da equipe de agentes que realizam as vistorias diárias, haja a eliminação dos criadouros e a conscientização a cada cidadão”, continua a coordenadora.

Cuidar da comunidade em que se vive, ter a consciência que um criadouro dentro de casa não atinge somente a sua família e sim a toda a comunidade ao seu redor, é ter a consciência da responsabilidade de cada um no processo de convivência em sociedade e respeito ao próximo.

Dengue

Números atualizados em 20/02:

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