A Educação Infantil nem sempre teve um lugar de destaque na formação da criança pequena. Surgiu como uma instituição assistencial cujo objetivo era suprir as necessidades da criança e de ocupar, em muitos aspectos, o lugar da família. No Brasil surge em função da crescente urbanização e estruturação do capitalismo e, com ele, a necessidade da mulher em ocupar o mercado de trabalho, desencadeando uma movimentação entre os operários pela reivindicação de um lugar para deixarem seus filhos. Os pequenos, que ficavam durante muitas horas distantes de suas mães, precisavam ser cuidados. Em Porto Ferreira o atual Governo Municipal tem se empenhado muito para suprir a demanda por vagas nestas unidades municipais. Desde o início do primeiro mandato do prefeito Maurício Rasi, muito tem sido feito para atender tamanha necessidade de inúmeras famílias do município. Unidades foram implantadas, como a Creche Maria Sylvia de Camargo Biffi, que atende a comunidade dos bairros Paschoal Salzano e Centenário. O bairro São Manuel também foi contemplado com uma unidade, a Creche Djanira de Moraes Costa. A região Leste da cidade teve a implantação e posterior ampliação da Creche Jonas Martins Teixeira, no Jardim Sérgio Dornelles de Carvalho, que hoje assiste a 60 crianças. Nesta mesma região, o bairro Porto Seguro em breve terá concluída a unidade do Pró Infância, uma parceria com o Governo Federal, o qual terá um projeto diferenciado. No local, além da creche, haverá ainda uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil). Para a região Norte o projeto em andamento atenderá os bairros Porto Bello 1 e 2. Também com recursos federais, a unidade terá capacidade para o atendimento de 100 crianças. A recente entrega de toda reforma, ampliação e modernização da Creche Ferdinando Melchioretto, no Parque Residencial do Redentor, possibilitou melhorias às crianças, assim como aos profissionais que prestam serviço no local, e hoje é possível atendimento a 70 crianças. Em 2010 este número era de 49. Outra ação positiva foi o ajuste no convênio com a Creche Roberto Henrique João (Salgueiro), que possibilitou ampliação no número de atendidos. A evolução nesta unidade foi da seguinte forma: 97 crianças em 2009; 130, em 2010; e para 2011, após o ajuste, o número saltou para 150. “Fizemos muitas ações concretas. Porém ainda temos déficit por vagas nas nossas unidades. Com a inauguração em breve das unidades do Porto Seguro e Porto Bello, acredito que teremos mais um avanço nos serviços prestados”, disse o prefeito Maurício Rasi durante visita a uma destas obras em construção. Ainda segundo o prefeito, trabalhos de capacitação e formação continuada aos profissionais que atuam nas creches também são investimentos que devem ser contabilizados. “O que queremos com estas iniciativas, que no ano passado foram consideradas pioneiras em nível nacional, contribuem para termos hoje um ótimo serviço oferecido”, conclui. Confira no quadro a evolução nos atendimentos em todas as creches, de 2005 a 2011: Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Vagas 287 315 451 496 430 522 622 O papel das creches Suprir uma das necessidades da classe trabalhadora. Este seria o principal papel destas unidades educacionais infantis. Firmando-se assim o cuidar a atividade principal dessas instituições. Na década de 1980 estudos e pesquisas apontavam que, independentemente da classe social, a educação da criança pequena é extremamente importante e que todas deveriam ter acesso a ela. Após a promulgação da Constituição de 1988, a criança é considerada sujeito de direitos: direito à vida, saúde, alimentação, educação, respeito, dignidade, lazer, cultura, liberdade, convivência familiar e comunitária. A Educação Infantil passa a ser vista como a junção do educar e cuidar. Cuidar no sentido que as necessidades básicas da criança sejam atendidas e, educar, porque deve oferecer à criança, possibilidades de descobertas e aprendizados. Precisamos ter consciência de que podemos preparar nossas crianças desde muito cedo para o exercício da cidadania, dando oportunidades práticas de educação e cuidados que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivo cognitivos/linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo. Estudos mostram que os primeiros anos de vida da criança contribuem para o desenvolvimento do seu pensamento lógico e também de sua imaginação que caminham juntos. A imaginação é um momento totalmente necessário, inseparável do pensamento realista, na imaginação a direção da consciência tende a se afastar da realidade.