Na noite desta terça-feira (27/09), no salão social do Clube de Campo das Figueiras, a Administração Municipal prosseguiu com o trabalho de formação continuada para profissionais da Educação. “Dislexia” foi o tema discutido amplamente pelos presentes com explanação da neuropsicopedagoga Débora Regina Piovesan, especialista no tema. A palestrante mostrou de forma detalhada os sintomas da dislexia, forma de convivência e atitudes necessárias para inserção ou reinserção do disléxico na comunidade escolar e no convívio com a família. Detectar habilidades é uma das inúmeras formas deste processo que, segundo a especialista, é longo e exaustivo. A dislexia é frequentemente caracterizada por dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, "ovóv" para vovó. A dislexia, contudo, é um problema visual, envolvendo o processamento da escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial. Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros fatores de dificuldade de aprendizagem. Estas dificuldades podem ser déficit de atenção, hiperatividade, dispraxia ou disgrafia. Contudo, a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionadas com problemas de desenvolvimento. Para o prefeito Maurício Rasi, que esteve presente ao evento acompanhado da primeira-dama Viviane, do vice Saldanha Leivas Cougo e da diretora do Departamento de Educação, Maria Cecília Gallo da Cunha Leme Rossi, o trabalho serve como ferramenta de aprimoramento aos profissionais da rede. “Acredito que são ações que vêm de encontro com nossa proposta de inclusão social. É possível com isto incrementar nosso sistema de ensino e, consequentemente, melhorar nossos índices”. O encontro teve a participação do projeto Bate Lata, da EMEF Professor Agostinho Garcia (Jardim Anésia), um trabalho que promove inclusão social por meio da cultura. Completando a programação, a pedagoga, alfabetizadora e psicopedagoga Enis Aparecido Mariano Rissi fez um depoimento emocionado sobre o tema, uma vez que vivencia em sua família um caso de dislexia.