Estilo de vida moderno aumenta casos de câncer no intestino antes dos 50 anos
Estilo de vida moderno aumenta casos de câncer no intestino antes dos 50 anos
Preta Gil e Simony são exemplos de pessoas que receberam, recentemente, o diagnóstico precoce da doença e já deram início ao tratamento
Campinas,SP: Sedentarismo, obesidade e consumo de alimentos ultraprocessados. Essa combinação atribuída à vida moderna pode estar antecipando alguns problemas de saúde na população mundial. Entre eles o aumento no chamado “início precoce” de alguns tipos de câncer, como de intestino, anunciado recentemente pelas cantoras Preta Gil, de 48 e Simony, de 46 anos. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, o câncer de cólon, como também é conhecido. Ocupa a segunda posição entre os tumores de maior incidência na população masculina e a terceira posição na população feminina que vive em regiões com maior IDH. Índice de Desenvolvimento Humano. O que reforça a tese de que o estilo de vida moderno pode ser um dos fatores de risco para o surgimento desses tumores.
Sobre a doença
Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, explica que o câncer é uma doença multifatorial que, mais comumente. Afeta pessoas a partir dos 50 anos de idade. O termo “início precoce” é usado para descrever cânceres diagnosticados em adultos entre 20 e 50 anos de idade, cuja incidência vem aumentando muito no mundo todo. Segundo a médica, “o câncer de início precoce não é uma entidade homogênea, abrange uma gama variável de condições clínicas e patológicas.” Em uma revisão publicada na Nature, em outubro de 2022, foram avaliadas e resumidas as evidências sobre as características pertinentes. E possíveis perfis de fatores de risco de formas precoces de tipos de câncer com um aumento na incidência relatado nas últimas décadas. Aprofundando investigações de fatores de risco e características moleculares do tumor em vários tipos de cânceres de início precoce, poderíamos lançar luz sobre origens e causas comuns plausíveis.
O conhecimento
Para a médica, o conhecimento aprimorado da doença pode ajudar na formulação de estratégias para prevenção primária, detecção precoce e tratamento. “Entender a doença e como ela se manifesta é fundamental para propormos estratégias de políticas públicas. Mais amplas no que se refere à prevenção, já que aumento do câncer de início precoce tem repercussões pessoais, sociais e econômicas consideráveis”, explica. Um dos pontos de atenção é para o fato de que sobreviventes de cânceres de início precoce têm um risco maior a longo prazo de ter problemas de saúde como infertilidade, doenças cardiovasculares e cânceres secundários.
Ainda segundo a médica, vários passos importantes precisam ser dados ao tentar resolver os problemas atuais associados ao início precoce do câncer. “Em função da crescente incidência de vários tipos de câncer de início precoce, precisamos aumentar a consciência dessa tendência e reavaliar as diretrizes atuais de rastreamento e/ou desenvolver abordagens de rastreamento para câncer de início precoce. Embora pesquisas mais amplas sejam necessárias nesta área”, reforça a oncologista do Grupo SOnHe Débora Curi.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral. Humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária. Por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 11 especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani e Débora Curi e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.
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