

Inauguração da escola SESI: comemoração e manifestação
São 608 alunos que carecem de utilizar os acessos sem asfalto para chegarem à escola
No dia 02 de agosto durante a inauguração da unidade ferreirense da escola SESI, vinculada à Fiesp, um grupo de moradores, pais de alunos e simpatizantes se postou diante da escola para manifestar sobre o não cumprimento de dispositivo contratual que previa que a prefeitura deveria disponibilizar acesso asfaltado para a escola, o que não foi cumprido pela municipalidade.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do SESI disse que concorda com os manifestantes e que os mesmos deveriam ter se manifestado antes para forçar o Poder Público a agir. Segundo a Fiesp, na escritura de doação do terreno, assinada ainda no governo do ex-prefeito, Maurício Rasi com o SESI, havia o compromisso da municipalidade providenciar infraestrutura e acesso asfaltado à escola. Por isso a escola, embora já funcionando desde o início de 2.012 ainda não havia sido inaugurada. Como estava demorando e não havia esperança de solução rápida para o problema, a Fiesp resolveu inaugurar sem o acesso com asfalto.
O bairro ‘Parque Residencial José Gomes’, onde a escola está situada, tem cerca de 18 anos e ainda não está totalmente asfaltado. Para chegar ao SESI existem três acessos, todos sem asfalto. Um dos acessos é pela SP328, uma vicinal que liga Porto Ferreira a Pirassununga, também sem asfalto. O foco do protesto é o acordado entre a prefeitura e o SESI sobre o acesso asfaltado à escola, porém, o outro objetivo dos manifestantes é que o bairro todo seja asfaltado por conta dos transtornos que a falta de asfaltamento trás para a saúde, a higiene, a manutenção de veículos, entre outros, agravado pelo fato de o bairro já ter quase duas décadas de existência e não possuir o benefício, o que pode ter pesado negativamente no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) da cidade (veja quadro abaixo).
A escola do SESI recebe alunos de vários pontos do município. São 608 alunos que carecem de utilizar os acessos sem asfalto para chegarem à escola. Outros problemas apontados são a falta de transporte coletivo no bairro, o que faz com que as crianças que utilizam o transporte coletivo tenham que atravessar a SP-328 para tomar ônibus em outro bairro (Jardim Jandira). A iluminação pública também é deficiente, sendo que algumas quadras nas proximidades da escola não a possuem e o mato que prolifera por ruas e terrenos do bairro é ambiente perfeito para a criação de escorpiões e outros animais nocivos à saúde humana, sendo que alguns moradores optaram por criar galinhas para 'caçar' os escorpiões. Os moradores também reclamam da segurança pública.
“Aqui ocorrem os extremos: em tempo seco, é muita poeira; e em épocas de chuvas, muito barro e buracos; não existe mecânica de carro que resista, além do mais não vale a pena lavar o seu carro aqui porque ele sai limpinho da garagem e fica sujo antes de sair do bairro. Parece que moramos na zona rural, sendo que estamos dentro da cidade.”, conta Moisés Bercke, um dos moradores do bairro e organizador do manifesto.
O que a Prefeitura disse?
A prefeitura alega que está em contato com o DER para o asfaltamento do trecho da SP-328 até a escola. A prefeita chegou a anunciar que essas obras serão iniciadas no início de 2.014, no entanto os manifestantes Carlos Berque e Moisés Bercke conseguiram falar com o Paulo Skaf e com sua assessoria, que, entrando em contato com a direção do DER, foram informados que existe somente um pedido, mas nem o projeto da obra foi realizado ainda e para a realização do projeto há necessidade de licitação e depois de aprovado o projeto, outra licitação para as obras em si mesma, o que demanda, segundo o DER, pelo menos oito meses, se não houver nenhum entrave. Portanto, é improvável que as obras iniciem no começo de 2.014. Outros dois acessos são de competência exclusiva da municipalidade, o que poderia ser agilizado por aqui mesmo.
É necessário salientar que 2.014 é ano eleitoral e o início de obras no período de campanha eleitoral sofre restrições, o que pode atrasar mais ainda a obra.
“Uma ótima conquista para a cidade de Porto Ferreira! Devemos agradecer ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, por ter nos dado a oportunidade de ter uma escola modelo em nossa cidade! Ele cumpriu com a sua parte, agora, esperamos que a prefeitura cumpra a parte dela!“, diz Renata Bianchi, uma das moradoras do bairro.
“Eu e o Moisés fazemos carona solidária, já que trabalhamos juntos na Faculdade de Casa Branca e intercalamos os carros. Por conta disso, sou frequentador assíduo do bairro e convivo com os problemas apresentados pelos moradores, especialmente com relação às precárias condições das ruas de terra e da falta de sinalização e de iluminação, o que aumenta o sentimento de insegurança.”, comentou Carlos Berque.
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal das cidades da microrregião de Porto Ferreira e algumas cidades de referência:
1 - Araraquara 0,815
1 - São Carlos 0,805
1 - Pirassununga 0,801
1 - Ribeirão Preto 0,800
2 - Araras 0,781
2 - Santa Rita do Passa Quatro 0,775
2 - Descalvado 0,760
3 - Porto Ferreira 0,751
3 - Leme 0,744
3 - Santa Cruz das Palmeiras 0,728
1 - Índice de Desenvolvimento muito alto
2 - Índice de Desenvolvimento alto (acima de Porto Ferreira)
3 - Índice de Desenvolvimento alto (abaixo de Porto Ferreira)
Fonte: IBGE cidades
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