Índice de infestação do mosquito coloca Porto Ferreira em risco para surto de dengue
O comprometimento da população na eliminação dos criadouros de Aedes aegypti é essencial para a diminuição do vetor e transmissão de arboviroses
A Seção de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde de Porto Ferreira realizou as pesquisas referentes à primeira Avaliação de Densidade Larvária do município em 2020 durante a primeira quinzena de janeiro. O objetivo é fazer a medição dos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti nos imóveis e por todo o perímetro urbano.
Após a digitação dos dados coletados, em uma amostragem de 606 imóveis trabalhados, distribuídos em 115 quarteirões, o resultado obtido nesta avaliação foi de 5.12, o que coloca o município de Porto Ferreira em classificação de risco para surto de dengue neste início de 2020.
Esta medição avalia as áreas de maior incidência dos mosquitos e com isso a Seção de Controle de Vetores pode intensificar as ações de prevenção às arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) durante o período de verão e chuvas abundantes.
Com a conclusão das atividades, verificou-se um aumento significativo no número de recipientes com água e larvas, o que é preocupante neste momento de maior circulação de vírus, causando maior infestação de mosquitos e pacientes contraindo o vírus dengue.
Os bairros com maior incidência de amostras positivas para Aedes aegypti são: Jardim Anésia, Jardim Primavera, Jardim Santo Afonso, Jardim Progresso, Vila Nova, Jardim São Manoel e Centro. Porém, bairros como Jardim Aníbal, Jardim Pascoal Salzano, Vila São Pedro, Parque Lagoa Serena, Vila Daniel, Jardim Águas Claras e Residencial José Gomes também apresentaram positividade para o vetor.
O comprometimento da população na eliminação dos criadouros de Aedes aegypti é essencial para a diminuição do vetor e transmissão de arboviroses, pois quanto menores forem os locais para o mosquito se reproduzir, menor a incidência de doenças em circulação.
A Seção de Controle de Vetores solicita a participação efetiva da população na eliminação dos criadouros em seus imóveis. É preocupante que com tanta informação, ações de educação casa a casa, em escolas, empresas, rádio e tv, mídia impressa, internet, etc., ainda ocorram surtos e epidemias de arboviroses por falta de cuidados e eliminação de recipientes que acumulam água e, consequentemente, geram novas infestações de mosquitos adultos.
“É inconcebível que em 2020 tenhamos casos de óbitos por dengue noticiados na mídia regularmente, causados pela picada de um mosquito de apenas 5 milímetros em sua forma adulta, que nasceu por falta de cuidados preventivos”, lamenta a coordenadora de Controle de Vetores, Cláudia Elisa Barboza Beozzo.
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