Com recursos do governo federal, por meio de emenda do ex-deputado Luciano Zica (na época filiado ao PT), e contrapartida da Prefeitura, a obra compõe o programa de reestruturação da rede pública de saúde municipal, implantada pela atual Administração. Algumas destas melhorias na parte física são claramente perceptíveis, como já ocorreu nos bairros Porto Bello, Paschoal Salzano, Vila Maria, Cristo Redentor, em andamento no Alto do Serra D’Água e, agora, no Jardim Anésia. Vale lembrar que em outros bairros, como Vila Sibylla, o próprio Serra D’Água e o Águas Claras, novas unidades de saúde foram implantadas e/ou melhoradas, em relação ao que havia anteriormente. Completa esta proposta a instalação de uma Unidade de Saúde que atenderia a região Leste da cidade. Com relação ao Jardim Anésia, a nova unidade continuará oferecendo atendimentos nas áreas de Ginecologia, Pediatria, Odontologia e Clínica Geral, no horário compreendido entre 7 e 17 horas, de segunda a sexta-feira. Além disso, o local ainda oferece curativos, grupos educativos, visitas domiciliares com seis agentes de saúde e o programa Viva Leite. O Serviço de Saúde Municipal faz um convite aos moradores do bairro Águas Claras para que também integrem a lista de usuários da nova unidade, pelo fato de, a partir de agora, ser um local mais amplo e adequado, o que proporcionaria também aos moradores daquele bairro um atendimento de melhor qualidade. A solenidade de inauguração da nova Unidade de Saúde será às 10 horas, desta segunda-feira, dia 30. Ela está localizada à rua Maria Afonso Borelli, 870, no Jardim Anésia. O local presta uma homenagem à ferreirense Elza Falco Paschoanelli. Quem foi Elza Paschoanelli Casada com Antônio Paschoanelli, não teve filhos e seus sobrinhos eram como se fossem seus filhos. Sempre foi uma excelente costureira, fez curso de modista em São Paulo, o que lhe permitiu abrir uma escola de corte e costura, por onde passaram muitas moças em busca de uma formação profissional. Era uma profissional perfeccionista, que não deixava passar nenhum detalhe. Seu maior prazer era fazer os vestidos de noiva de que se orgulhava muito. Falava baixo, não gostava de intrigas e estava sempre pronta a ajudar tanto os familiares como os amigos. Na saúde, era a “enfermeira” de todos. Acompanhava-os, à noite, no leito, em casa ou mesmo no hospital, passando muitas noites em claro, cuidando deles, o que não a impedia de trabalhar, no dia seguinte, por horas a fio, para cumprir seus compromissos. Era uma funcionária consciente de seus deveres junto à comunidade e exerceu sua função com muito amor e carinho. No entanto, não deixou de costurar. Fazia suas costuras à noite e nos finais de semana. Era incansável. No posto de saúde, trabalhava ao lado do dr. Neif João, o médico chefe na época, por quem tinha muita admiração e carinho. Fazia questão de costurar os seus “paletós brancos” de trabalho (jalecos) e tinha orgulho disso. Reciclava os “manguitos” dos aparelhos de pressão com muito amor e paciência. Faleceu aos 56 anos, de insuficiência cardíaca. Muito nova, porém com a certeza do dever cumprido por todos os anos de luta, em que não se deixou abater e conseguiu ser sempre lembrada por seus amigos e familiares como aquela de quem nunca se esquece.