Durante o Desfile Cívico de 7 de Setembro o prefeito Maurício Rasi fez a entrega de kits de higiene a quatro militares ferreirenses que integram o 4° escalão do 2° Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 15° Contingente do Exército Brasileiro no Haiti. Os kits, confeccionados pelo Departamento Municipal de Promoção Social, continham objetos de uso diário, como toalhas de rosto e banho, xampu, condicionador, creme dental, etc. “O kit é simples, mas é uma forma de demonstrarmos todo nosso respeito por estes jovens ferreirenses que vão desempenhar um importante serviço para o país”, comentou Viviane Rasi, diretora de Promoção Social. Os militares terão um desafio duro nos próximos seis meses: integrar a missão de paz no Haiti, país que vive em conflitos e que ainda se recupera do terremoto do ano passado. Pelo menos 220 mil pessoas morreram, entre elas muitos militares brasileiros. Ao todo serão sete grupos que vão embarcar para o Haiti em setembro, num total 810 militares brasileiros. A maioria, do Vale do Paraíba. O embarque dos ferreirenses, num grupo de 130 homens, aconteceu no sábado (10/09), na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). Estiveram presentes ao evento várias autoridades, entre elas o general-de-Exército Adhemar da Costa Machado Filho, comandante militar do Sudeste, e o general-de-brigada Carlos Cesar Araújo Lima, comandante da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), além de um número expressivo de familiares e amigos dos militares que partiram para a nobre missão. A missão de paz A tensão política, gerada entre a oposição e o então presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, somada à grave crise social e econômica do país, resultou em um confronto que se desdobrou em ondas de violência nas cidades haitianas, com a criação de milícias que ameaçavam tomar conta do país. Pressionado, Aristide deixou o Haiti em 29 de fevereiro de 2004. Para garantir a segurança e as condições estáveis de modo a restabelecer um processo político e constitucional no país, no mesmo ano, o Conselho de Segurança da ONU instituiu a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH). O comando das tropas foi confiado ao Brasil, que, de pronto, enviou 1,2 mil militares. A força de paz também conta com contingentes da Argentina, Uruguai, Chile, Nepal, Peru, entre outros, num total de cerca de cinco mil militares e policiais estrangeiros. Para o Brasil, o comando das tropas da ONU é visto principalmente como uma forma de o país pleitear uma cadeira permanente no conselho de segurança da Nações Unidas. Durante 6 anos, a principal atribuição da MINUSTAH era intensificar esforços para restabelecer a paz e assegurar a ordem no país, além de auxiliar a polícia haitiana e apoiar o processo político para a realização das eleições em 2010. Entretanto, todo o planejamento teve que ser revisto diante do terremoto de magnitude 7 que atingiu e devastou o país no dia 12 de janeiro de 2010. Grande parte da infraestrutura civil e policial do país foi destruída pelo terremoto. Após a tragédia, a Força Brasileira teve que intensificar o trabalho e aumentar o número de homens para atender as demandas existentes. Meses depois, o Haiti também enfrentou uma epidemia de cólera que matou mais de 6 mil pessoas (fonte: Repórter Futuro).