O prefeito Maurício Rasi participou, no último dia 22/11, na Assembleia Legislativa em São Paulo, da Marcha Paulista 2011, evento realizado pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) e Frente Nacional de Prefeitos (FNP). O chefe do Executivo ferreirense teve atuação importante na mesa de debates sobre Segurança Pública, que contou com a participação, entre outros, de Carlos Alberto Estracine, assessor especial parlamentar do secretário estadual de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto. “Pelo que o representante do secretário estadual disse, a Segurança Pública em São Paulo está uma ‘maravilha’. Mas nós sabemos que não é bem assim e, diante disso, enumerei uma série de problemas que vejo no setor e cobrei uma atenção especial das autoridades”, comentou Maurício Rasi. Um dos pontos citados pelo prefeito de Porto Ferreira foi a sobrecarga de parcerias e convênios para as cidades. “Nós pagamos aluguéis de repartições estaduais, cedemos equipamentos de informática, funcionários, etc., mas na hora de se debater as políticas de Segurança Pública não somos chamados. Estado e municípios devem tomar decisões conjuntas”, criticou. Outro tópico mencionado por Maurício Rasi foi a falta de critérios claros para a distribuição do efetivo de policiais civis e militares nos municípios. “Não existe um critério de fato que determine e que se faça cumprir sobre a quantidade de policiais por habitante. Desta forma, temos que encontrar outros caminhos para suprir esta necessidade, como o projeto de atividade delegada, que acaba sobrando para o município custear”, continuou. Maurício Rasi também criticou a Polícia Científica paulista. “Nas regiões metropolitanas pode até ser que funcione melhor, mas no interior o serviço é muito ruim. Não pela capacidade dos servidores, mas porque faltam condições adequadas de trabalho e equipamentos. O trabalho da Polícia Científica é primordial para fundamentar inquéritos e elucidar crimes. Deveria ter muito mais respaldo do Estado”, explicou. Ainda na mesa de debates, o prefeito ferreirense falou sobre a falta de um plano estadual para recuperar jovens de 16 a 25 anos de idade que tomam o caminho da violência. “Esta é a faixa etária em que a incidência de crimes é maior. E, infelizmente, não vemos políticas públicas eficientes para recuperação dos criminosos”, disse. Ao final do encontro foi feita a leitura da Carta em Defesa dos Municípios, que posteriormente foi entregue ao governador Geraldo Alckmin. O documento ressalta o caráter municipalista e suprapartidário da Marcha e destaca a disposição da Frente Nacional de Prefeitos – São Paulo (FNP-SP) de aprofundar o diálogo federativo no Estado de forma permanente.