Nove de julho é uma data importante no calendário histórico do Brasil e, principalmente, do Estado de São Paulo. Há 86 anos eclodiu o movimento constitucionalista que era contrário ao governo de Getúlio Vargas. Considerado um governo ditatorial pelos revolucionários, o objetivo do movimento era que Vargas adotasse novamente um conjunto de leis para governar o Brasil.

Alguns conflitos armados aconteceram entre as forças que apoiavam os paulistas e as tropas fiéis ao governo varguista, resultando em vítimas fatais de ambos os lados. No dia 23 de maio de 1932, durante uma manifestação, populares tentaram invadir a sede do Partido Popular Paulista (PPP), fiel ao governo, cuja sede era na rua Barão de Itapetininga, esquina com a praça da República, em São Paulo, e os manifestantes foram recebidos a tiros. Após o tiroteio, entre os mortos estavam Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que deram origem à sigla MMDC, um dos símbolos da Revolução Constitucionalista. Dráusio, que na época tinha apenas 14 anos, morreu 5 dias depois, e uma quinta vítima fatal, Orlando de Oliveira Alvarenga, veio a falecer após quase 3 meses.

Oficialmente, o Dia do Soldado Constitucionalista (9 de julho) foi transformado em feriado estadual, em 1997, pela lei 9.947, sancionada pelo governador da época, Mário Covas.

O Museu Histórico e Pedagógico Professor Flávio da Silva Oliveira está oferecendo à visitação pública uma exposição com vasta ilustração e fatos históricos sobre o tema da Revolução de 1932. O material estará disponível até o dia 20 de julho, das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, e a entrada é gratuita. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3585-5961.