

Pessoas atendidas pelo Caps montarão barraca para venda de produtos artesanais neste sábado
Evento marca o Dia de Luta Antimanicomial
Neste sábado (18/05), será realizado das 9 horas ao meio-dia um evento na praça Cornélio Procópio (Matriz), cujo objetivo é comemorar o Dia de Luta Antimanicomial.
Pessoas portadoras de doença mental, assistidas pelo Caps (Centro de Atenção Psicossocial), realizarão um trabalho de orientação e de divulgação e venda de produtos artesanais de produção própria, cuja renda também será revertida para o sustento dessas pessoas.
O dia 18 de maio é o Dia da Luta Antimanicomial, em referência à data em que foi realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em 1987. Na ocasião, foi elaborado um documento que propunha a reformulação do modelo assistencial em saúde mental e consequente reorganização dos serviços.
No Brasil, a criação dos primeiros manicômios se deu no início do século 19. Nesse mesmo período os negros haviam sido libertos e muitos deles ficavam pelas ruas à procura de um trabalho. Com a implantação de República Federativa do Brasil, os ditos desocupados e insanos foram recolhidos das ruas, por meio prática higienista, hipócrita e segregadora. Desde sempre a exclusão da saúde mental se deu também pelo viés econômico, pois o louco rico é excêntrico, enquanto o louco pobre muitas vezes é visto como perigo à sociedade.
A partir do final dos anos 1980, com o fim da ditadura militar, as reformas sanitária e psiquiátrica ganharam força e transformações começaram a ser operadas nas práticas dos cuidados em saúde mental. De lá pra cá, leis foram criadas para garantia de direitos dessa população, novas possibilidades de tratamento que tivessem como eixo norteador os Direitos Humanos foram implementadas, foram criados os serviços substitutivos, as residências terapêuticas, oficinas de trabalho, oficinas de arte, comunicação e cultura em muitos lugares.
Muitos hospitais psiquiátricos foram transformados ou fechados. Mas hoje ainda é possível encontrar muitos lugares com pessoas portadoras de sofrimento mental mal assistidas, jogadas à própria sorte, nas mãos de serviços com práticas manicomiais, apesar das leis, apesar dos avanços. E as transformações precisam chegar em todos os lugares. É preciso continuar lutando para que as transformações aconteçam.
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