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Polícia investiga 2 monitoras de creche suspeitas de dar tapas em bebês no interior de SP

Polícia investiga 2 monitoras de creche suspeitas de dar tapas em bebês no interior de SP

Polícia investiga 2 monitoras de creche suspeitas de dar tapas em bebês no interior de SP



Profissionais também foram afastadas de suas funções pela Prefeitura de Leme após direção da unidade escolar identificar maus-tratos em imagens de câmeras de segurança.

Duas monitoras escolares foram afastadas de suas funções depois de serem flagradas por câmeras de segurança dando tapas em bebês do maternal na EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco, em Leme (SP). A Polícia Civil investiga a suspeita de maus-tratos.

As câmeras que registraram a violência estão instaladas dentro da unidade escolar e as imagens foram analisadas pela direção da unidade, que comunicou os pais e registrou um boletim de ocorrência. O material foi entregue para a polícia.

A Prefeitura de Leme abriu um processo disciplinar para investigar 'comportamento inadequado' das servidoras, sem especificar as agressões, alegando que o caso está sob sigilo e para não atrapalhar as investigações.

'Comportamento inadequado'

EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco em Leme — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV

EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco em Leme — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV

A mãe de um dos alunos da creche, que não quis ser identificada, a diretora teria desconfiado que as crianças do berçário, de 1 e 2 anos, estavam dormindo demais e resolveu analisar as imagens da sala e viu que as suspeitas estariam dando tapas nos bebês, além de jogarem o cobertor sobre o rosto deles para que eles voltassem a dormir.

O afastamento das profissionais aconteceu na quarta-feira (12), mesmo dia em que alguns pais foram comunicados sobre o acontecido, mas o caso só veio à tona na segunda-feira (17), depois que a prefeitura divulgou uma nota oficial sobre o ocorrido.

Como os nomes das monitoras não foram divulgados, não conseguiu localizar a defesa delas para comentar o caso.

Agressão e medo

Mães ficaram com medo que seus filhos também tivessem sido agredidos em Leme — Foto: Reprodução/EPTV

Mães ficaram com medo que seus filhos também tivessem sido agredidos em Leme — Foto: Reprodução/EPTV

A mãe de uma menina de 1 ano e 8 meses foi chamada pela direção da escola na última semana e informada que a filha tinha sido vítima de agressões.

A mãe de uma criança que está na mesma sala da bebê agredida disse que ficou com medo que seu filho também pudesse ter sido vítima das agressões.

"Ele chegou a ter problema pra dormir, medo de chinelo. Eu conversei com os avós e com o pai para saber se alguém estava batendo porque ele não apanha dentro de casa e agora eu acho que descobri de onde vem o trauma. Quem garante que as outras crianças também não eram agredidas?", disse.

Como as imagens das câmeras de segurança não foram disponibilizadas para todos os responsáveis com crianças na sala, ela pretende buscar na Justiça o direito de conseguir ver o que foi gravado.

Mães cobram acesso às imagens

EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco em Leme — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV

EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco em Leme — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV

Nesta terça, um grupo de mães foi até a escola para tentar acesso às imagens, mas não conseguiram.

"Eu quero as filmagens, quero saber se minha filha foi agredida também, de alguma outra forma, psicologicamente", disse Larissa Gonçalves Alcântara, mãe de uma aluna de 2 anos.

Larissa afirmou que a filha está com comportamentos diferentes nos últimos meses. "Às vezes se assusta, pegou mania de pegar o chinelo para poder bater, para tomar banho ela tem medo de entrar na água. Coisa que a gente acha que é gracinha ou manha. Criança de 2 anos não tem nem como falar, se defender", afirmou.

Investigação

De acordo com a prefeitura, foi aberto um processo disciplinar, que tem prazo de 60 dias para ser realizado, mesmo tempo que as servidoras devem ficar afastadas de forma preventiva. Elas continuam recebendo os salários durante esses meses.

O Ministério Público disse que ainda não foi notificado sobre caso e que a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) ainda não respondeu se já foi aberto inquérito, se alguém foi ouvido e o que mostram as imagens das câmeras de segurança.

Nota oficial da prefeitura

Pelas redes sociais, a Prefeitura de Leme divulgou, na segunda-feira (18), o comunicado abaixo:

"A Prefeitura Municipal de Leme, por meio da Secretaria de Comunicação Social, vem a público reestabelecer a verdade e esclarecer as informações que estão circulando nas redes sociais.

A Prefeitura Municipal de Leme, por meio da Secretaria Municipal de Educação tem realizado monitoramento por câmeras de vídeo em todos os ambientes e escolares e em uma verificação de rotina pela coordenação da EMEI Profa. Virgínia Leme Schwenger Franco, verificou comportamentos inadequados por duas monitoras de educação.

Para apurar os fatos, imediatamente a Prefeitura afastou preventivamente do trabalho as servidoras envolvidas, instaurou um processo disciplinar e elaborou um boletim de ocorrência junto a Polícia Civil, disponibilizando todas as imagens.

Diante desse lamentável episódio, a Prefeitura de Leme reitera que não compactua com nenhum tipo de violência e tomará todas as medidas cabíveis, ficando à disposição das autoridades para qualquer outro esclarecimento, que, ao final será disponibilizado à comunidade escolar".

Nota oficial publicada pela Prefeitura de Leme — Foto: Reprodução/Facebook

Nota oficial publicada pela Prefeitura de Leme — Foto: Reprodução/Facebook

Fonte EPTV



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