Em tempos de apreensão quanto ao racionamento de água em muitos municípios, Porto Ferreira vive uma realidade diferente de dois anos atrás após os investimentos realizados pela Foz, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto. Com a universalização do abastecimento de água, ou seja, o acesso de 100% das residências a este recurso durante o ano inteiro, e a coleta e afastamento de 96% de esgoto doméstico, a cidade registra avanços significativos na área de saneamento, o que acarreta melhorias em setores como saúde e educação. Estudos realizados pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), comprovam que há uma clara associação entre saneamento básico e geração de riquezas e saúde pública, gerando impactos socioeconômicos. Crianças de áreas com saneamento têm um aproveitamento escolar pelo menos 18% maior que aquelas sem acesso à coleta e tratamento de esgoto. Pesquisas apontam ainda que 217 mil pessoas se afastam do trabalho devido a problemas gastrointestinais ligados a falta de saneamento. Ao ter acesso à rede de esgoto, sua produtividade aumenta 13,3%. O quadro mais dramático está na saúde. Em 2009, por exemplo, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais associadas à falta de saneamento, 2.101 faleceram, registra o Datasus. Com a universalização do saneamento haveria uma redução de 25% nas internações e de 65% na mortalidade; ou seja, 1.277 vidas seriam salvas. “Um município com o esgotamento sanitário universalizado também traz benefícios econômicos para a localidade”, adianta Márcio Tanajura, diretor da Foz. As vantagens econômicas também possuem outros aspectos. Além de atrair mais empresas por oferecer uma infraestrutura adequada para suas operações, os municípios que possuem um saneamento adequado podem atingir até 18% da valorização imobiliária. “Já coletamos 96% do esgoto gerado pelo município e tratamos 20%, sendo que nosso objetivo é alcançar a universalização. Desta forma, colaboramos com a evolução de diversas áreas e melhoramos as condições de vida em Porto Ferreira”, conclui o diretor da Foz.