

Vereador Miguel Bragioni critica gasto de 71,5 mil com camisetas para o carnaval
Bragioni solicitou esclarecimentos detalhados sobre a despesa e quando receber resposta, tomará as medidas cabíveis.
Desde há muito, Porto Ferreira mantém o costume de auxiliar a promoção do carnaval local. Tal prática se iniciou, entre o final da década de 1940 e o início da década de 1950, por motivo de destaque à folia de rua – específica e unicamente ao domínio popular advindo pelo tradicional Bloco do Boi, que carecia de apoio popular. Com o decorrer dos anos, outros blocos surgiram e a “responsabilidade” da administração pública, igualmente, ampliou-se, devido aos movimentos dos foliões.
Esse hábito, hoje em dia, é a razão para a decisão das festas de Momo, ou seja, sem recurso público, pelo que se nota, o carnaval não é realizado. Como exemplo, citam-se diversos municípios do país, inclusive da região, tais como São Carlos, Itirapina e outros dos quais, no ano passado, não promoveram as comemorações do entrudo.
Na verdade, o carnaval é terceirizado pelo Poder Público, através do entendimento entre este e os representantes dos blocos, consolidando-se por meio de diversos auxílios. Sinceramente, nada mais sensato, uma vez que os membros das diretorias de blocos possuem o dom de levar a animação à população, envolvendo, de fato, os munícipes, por meio do ritmo contagiante, sob consequentes despesas.
Miguel Bragioni acompanha o carnaval de Porto Ferreira, no tocante às colaborações do Poder Executivo, desde 2008, quando ocupava o cargo de chefe da então Seção Municipal de Cultura. Lembra-se de que naquela época – há somente seis anos - não existia licitação para aquisição de camisetas destinadas aos blocos de carnaval, pois, estas eram adquiridas na modalidade de compra direta, ou seja, o valor total da aquisição era inferior a R$8.000,00. Do mesmo modo, a aquisição de acessórios para instrumentos musicais, também doados aos blocos que solicitavam ao setor, obedecia àquela modalidade.
Contudo, o que chamou a atenção do vereador, neste ano, foi a veiculação, pelo Caderno Oficial do Jornal do Porto, da edição de 31 de janeiro, sobre a aquisição de camisetas para o carnaval de 2014, pelo valor de R$ 71.500,00, na modalidade convite, pela Prefeitura Municipal. “Fiz um requerimento, solicitando esclarecimentos detalhados sobre a despesa e quando receber resposta, tomarei as medidas cabíveis”, afirmou.
Discrepante, sem dúvida, é o valor para o cidadão, que recebendo carnês, como o do IPTU e da Limpeza Pública, do Poder Executivo, constata que o recurso se refere a aquisição de camisetas a serem utilizadas APENAS no período do carnaval de 2014.
Mesmo assim, na edição da última semana do Caderno Oficial, pelo citado jornal, novo extrato foi divulgado com valor superior a 23 mil reais, que será gasto em acessórios para instrumentos musicais, também, para o carnaval de 2014.
Vale considerar que a Festa Popular não se encerra aí, pois, há ainda o aluguel das tendas, dos banheiros químicos, do palco, da estrutura aos enfeites, dos possíveis seguranças, despesas com energia e show. Sem dúvida, o carnaval de 2014 chegará aos aproximados 200 mil reais.“Longe de se pensar que sou contra os festejos a Momo, ratifico a minha participação em um dos blocos mais tradicionais do município; os foliões bem sabem”, argumenta o legislador, complementando: “- ademais, esse apoio do Poder Público que, sem dúvida, resulta em milhares de camisetas, legítimo, fará com que os membros de blocos possam, no caso, reivindicar as suas quotas partes, de certo modo, bem mais “gordas” que em todos os últimos anos de que se tem notícia. A população merece sempre o melhor, em todas as áreas, mas percebo um exagero. E a crítica serve também de alerta”.
Em contra-senso ao fato, na sessão legislativa do dia 10 de fevereiro, a Câmara Municipal recebeu ofício do Conselho Municipal de Saúde, solicitando aos vereadores a colaboração para requerer ambulâncias a Deputados, para o município, dada a precária situação em que se encontra a frota do Departamento de Saúde.
À parte isso, anteprojetos de lei, como, por exemplo, os que foram apresentados pelo parlamentar durante o ano passado, referentes ao apoio às manifestações artísticas de Porto Ferreira, CULTURA, e à Proteção aos animais vítimas de maus tratos, não são aprovados pelo Poder Executivo, por falta de “dotação orçamentária”, ou por falta de recursos e outros jargões. E a falta de vagas em creches municipais? São mais de 500 crianças à espera de vagas, além da notória diminuição de atendimentos no convênio com a Creche Roberto Henrique João. E a limpeza pública? Pouquíssimas varredoras carregam a incumbência de limpar o centro da cidade, organizando-se em três grupos dos nove que existiam. E por aí caminha a gestão de um município...
Com a palavra, os cidadãos.
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